Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil - 085 Serra do Sincorá, Bahia Data: 03/03/2001 Augusto
J. Pedreira © Pedreira,A.J. 2001. Serra do Sincorá, Bahia. In: Schobbenhaus,C.; Campos,D.A.; Queiroz,E.T.; Winge,M.; Berbert-Born,M. (Edit.) Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Publicado na Internet em 03/033/2001 no endereço http://www.unb.br/ig/sigep/sitio085/sitio085.htm [Atualmente https://sigep.eco.br/sitio085/sitio085.htm]
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RESUMO
A serra do
Sincorá é um sistema orográfico que se estende na direção aproximada norte
- sul, entre os paralelos 12015' - 13045'S e 41010'
- 41030'W. As serras, que tomam diversos nomes locais, alternam
altitudes superiores a 1200m com vales estreitos e profundos, cujas escarpas e
cachoeiras possuem grande beleza paisagística. As rochas que formam a serra do
Sincorá, são principalmente arenitos e conglomerados da Formação Tombador,
de idade mesoproterozóica. As estruturas sedimentares dessas rochas estão
perfeitamente preservadas, permitindo a sua abordagem sob os pontos de vista de
sistemas deposicionais e estratigrafia de seqüências. A estrutura da serra é
de um anticlinório, com eixo ondulante no plano vertical. Os conglomerados da
Formação Tombador são portadores de diamantes, e foram garimpados na serra do
Sincorá, desde a sua descoberta em 1844. A partir de 1871, a produção
declinou dramaticamente, mas na atualidade ainda existe garimpagem esporádica
em pequena escala. A metade setentrional da serra do Sincorá está dentro do
Parque Nacional da Chapada Diamantina e a norte dela está a Área de Proteção
Ambiental de Iraquara-Marimbus; na região da cidade de Mucugê existe um parque
municipal de proteção ambiental, na área do Projeto Sempre Viva.
Palavras-chave:
Serra do Sincorá; Chapada Diamantina; rochas sedimentares; geologia estrutural;
diamante; Proterozóico
ABSTRACT
The
Sincorá range is an orographic system of north-south trend bounded by the
coordinates 12015' - 13045'S and 41010' - 41030'W.
The ranges, that take several local names alternate heights above 1200m with
narrow and deep valleys, whose escarpments and waterfalls compose breathtaking
landscapes. The rocks that form the Sincorá range are mostlysandstones and
conglomerates of the Tombador Formation, of Mesoproterozoic age. The sedimentary
structures of these rocks are perfectly preserved, allowing its approach under
the depositional systems and sequence stratigraphy view points. The structure of
the range is an anticlinorium whose axis undulate in the vertical plane. The
TombadorFormation conglomerates are diamond bearing, and were washed since their
discovery in 1844. From 1871 on, there was a dramatic decrease in the
production, but presently there are still scattered washings. The northern half
of the Sincorá range is within the Chapada Diamantina National Park and farther
north is the Iraquara-Marimbus Environmental Protection Area; in the region of
the town of Mucugê, there is a municipal park of environmental protection, in
the area of the Sempre Viva Project.
Key
words: Sincorá range; Chapada Diamantina; sedimentary rocks; structural
geology; diamond; Proterozoic
INTRODUÇÃO
A serra do
Sincorá, situada na região central do Estado da Bahia, Brasil, constitui um sítio
de grande beleza paisagística devido ao modelado de suas serras, que expõem
vales profundos de encostas íngremes e amplas chapadas. Essas escarpas permitem
o exame de seções estratigráficas e estruturas sedimentares das rochas que as
formam, onde tempos atrás foram explorados diamantes e carbonados.
Em 1818, os naturalistas alemães
J.B. von Spix e C.F. von Martius examinaram as rochas desta serra na vila de
Sincorá (atualmente Sincorá Velho), comparando-as com as rochas do Tijuco na
Província de Minas Gerais, produtoras de diamantes (Spix & Martius, 1938).
A descoberta de diamantes nos rios Mucugê e Combucas em 1844, atraiu para a
região um grande número de exploradores e aventureiros. Assim, em 1847 o
Inspetor Geral dos Terrenos Diamantinos da Província da Bahia, Benedicto
Marques da Silva Acauã, dirigiu ao Governo Imperial um relatório sobre
a região. A segunda parte deste relatório contém uma descrição
circunstanciada da geomorfologia da serra do Sincorá e adjacências e das suas
riquezas minerais, reais e potenciais (Acauã, 1847). Além dos exploradores e
aventureiros, a presença dos diamantes também atraiu cientistas para a região
(Moraes, 1991).
No ano de 1880, o engenheiro
Theodoro Sampaio visitou a cidade de Santa Isabel do Paraguaçu (atual Mucugê),
situada em plena serra do Sincorá "... no centro das lavras de diamantes
da Bahia..." (Sampaio, 1955). Em visita ao garimpo da Nova Sibéria,
situado no rio Paraguaçu, ele identificou as rochas como "o mesmo fácies
geológico da serra do Sincorá".
As bases da estratigrafia da
Chapada Diamantina foram lançadas pelo geólogo americano Orville A
Derby, em sua visita à região (Lençóis, Andaraí, Chique-Chique -
atual Igatu, Santa Isabel do Paraguaçu e Palmeiras) no ano de 1904. Em um relatório
dirigido ao Secretário da Agricultura do Estado da Bahia ele descreveu os
arenitos e conglomerados, e a estrutura da serra do Sincorá (Derby, 1905). Mais
tarde ele os nomeou de grupos Paraguaçu e Lavras, respectivamente (Derby,
1906).
Após essas primeiras descrições,
a geologia da serra do Sincorá tem sido abordada sob diferentes pontos de
vista: estratigrafia e geologia regional (Derby, 1905; 1906; Kegel, 1959;
Mascarenhas, 1969; Pedreira et al, 1975); sistemas deposicionais (Guimarães
& Pedreira, 1990; Bomfim & Pedreira, 1990; Pedreira & Margalho,
1990; Pedreira, 1997); e estratigrafia de seqüências (Pedreira, 1988; 1994;
1995; Savini & Raja Gabaglia, 1997).
Recentemente, tem sido dada
ênfase a estudos relacionados ao meio ambiente (CPRM, 1994; Funch, 1997).
LOCALIZAÇÃO
A serra do Sincorá está localizada na região central do Estado da Bahia, na área limitada pelas coordenadas 120 15' - 130 45' S e 410 10' - 410 30'W, distante da cidade de Salvador, capital do estado, cerca de 400km (figura 1). A região compreende partes dos municípios de Lençóis, Palmeiras, Andaraí, Mucugê e Barra da Estiva, além das vilas de Caeté Açu, Guiné, Igatu, Cascavel, Mundo Novo e Sincorá Velho, pertencentes a esses municípios. O acesso à região pode ser feito por via terrestre através da rodovia BR-242 (Salvador - Brasília) e dentro da mesma por rodovias estaduais pavimentadas que a ligam às cidades de Lençois, Palmeiras, Andaraí, Mucugê e Barra da Estiva. Outras localidades podem ser alcançadas por estradas vicinais sem pavimentação; as estradas entre a rodovia BA-142 e a vila de Igatu são pavimentadas com lajes de pedra. O acesso por via aérea é feito por linhas regulares através do Aeroporto Cel. Horácio de Matos, situado na vila de Tanquinho.
Figura 1 -
Mapa de localização da serra do Sincorá. Legenda: 1-Região da serra;
2-Rodovia pavimentada; 3-Estrada não pavimentada; 4-Rio; 5-Cidade ou vila;
6-Aeroporto.
Figure
1 - Location map of the Sincorá range. Explanation: 1- Region of the range;
2-Paved road; 3-Unpaved road; 4-River; 5-Town or village; 6-Airport.
DESCRIÇÃO DO SÍTIO
A serra do Sincorá está localizada na borda centro-oriental da Chapada Diamantina, aproximadamente entre as vilas de Afrânio Peixoto (antiga Estiva) a norte e de Sincorá Velho a sul (figura 1). Sua vertente ocidental é uma escarpa quase contínua, com cerca de 300m de altura e 80km de extensão e a oriental, que domina a planície do vale do Paraguaçu (400m), atinge rapidamente a altitude de 1200m, nas primeiras cristas da serra (Funch, 1997).
Geomorfologia
Falhas de
grande extensão com direção norte-sul e outras menores transversais a essas,
dividem-na em inúmeros blocos que tomam denominações locais como as serras da
Cravada, do Sobrado, do Lapão, do Veneno, do Roncador ou Garapa, do
Esbarrancado (que faz parte da sua escarpa ocidental), do Rio Preto, entre
muitas outras. Essas serras possuem picos com até 1700m de altitude e são
separadas por vales íngremes e profundos como canyons.
Uma feição que se
destaca na serra do Sincorá, é o morro do Pai Inácio, situado no flanco
ocidental do anticlinal de mesmo nome, que forma o vale do Cercado (figura 2).
Figura 2 -
Vale do Cercado, no anticlinal do Pai Inácio, a sul da rodovia BR-242.
Figure
2 - Cercado valley in the Pai Inácio anticline, south of the BR-242 road
A norte da rodovia, está o morro do Camelo ou Calumbi, um morro-testemunho dentro do anticlinal (figura 3), e a sul, em situação semelhante, o Morrão (figura 4), cujo acesso se faz através da estrada entre a cidade de Palmeiras e a vila de Caeté Açu.
Figura 3 -
Morro do Camelo ou Calumbi
Figure
3 - Camelo or Calumbi mountain
Figura 4 - Morrão
Figure
4 - Morrão
Antes da vila de Caeté Açu, é cruzada a ponte sobre o rio Riachinho (figura 5). Próximo a este local está a gruta do Riachinho, com desenvolvimento horizontal de 201m e 26m de altura (Laureano & Cançado, 1995).
Figura 5 - Rio Riachinho
Figure
5 - Riachinho river
O rio Paraguaçu, após atravessar a serra do Sincorá (figura 1), a deixa na localidade de Passagem de Andaraí, formando a cachoeira de Donana (figura 6). Daí ele passa a meandrar sobre a planície calcária, em busca do oceano Atlântico, na baía de Todos os Santos.
Figura 6 - Cachoeira de
Donana
Figure
6 - Donana waterfall
Além do vale do Cercado, já mencionado, na terminação meridional da serra do Sincorá existe outro, denominado Campo Redondo. A sua entrada é mostrada na figura 7, onde se vê a escarpa ocidental da serra e o vale do rio Sincorá.
Figura 7 - Estrada para Campo
Redondo, vendo-se a parte da escarpa ocidental da serra
e o vale do rio Sincorá.
Figure
7 - Road to Campo Redondo, looking to part of the western escarpmemt of the
range and the valley of the Sincorá river.
Geologia
As rochas que afloram na serra do Sincorá pertencem essencialmente à Formação Tombador de idade mesoproterozóica; esta formação foi descrita por Branner (1910), cerca de 180km a norte desta região. Na serra do Sincorá, a Formação Tombador está depositada sobre a Formação Guiné (figura 8). A sua estrutura é de um grande anticlinório com eixo ondulante. As ondulações positivas estão na região central da serra, entre o morro do Pai Inácio e a vila de Guiné, e entre as cidades de Mucugê e Barra da Estiva. Nesses locais afloram as rochas da Formação Guiné, sotoposta à Formação Tombador.
Figura 8 - Contato entre as
formações Guiné e Tombador em Comércio de Fora, a oeste da cidade de Mucugê.
As rochas da primeira (siltitos e arenitos) têm relevo suave; as da última
(arenitos e conglomerados), formam a escarpa.
Figure
8 - Contact between the Guiné and Tombador
formations in Comércio de Fora, west of the town of Mucugê. The rocks
of the former (siltstones and sandstones) have gentle land forms; the ones of
the latter (sandstones and conglomerates ) form the escarpment.
O contato entre essas formações,
a primeira de ambiente marinho (Pedreira, 1995), e a segunda de ambiente
continental, é interpretado como um limite de seqüência do tipo 1 (Pedreira,
1994).
Os arenitos e conglomerados
da Formação Tombador são mostrados nas figuras 9 e 10.
Figura 9 - Arenitos da Formação
Tombador na vila de Igatu. Notar os truncamentos entre as camadas, em forma de
canais.
Figure
9 - Sandstones of the Tombador Formation in the village of Igatu. Note the
trunctions between beds, with channel shapes.
Figura 10 - Conglomerados
intercalados com arenitos da Formação Tombador. Vale do rio Combucas, a norte
da cidade de Mucugê.
Figure
10 - Interbedded conglomerates and sandstones of the Tombador Formation. Valley
of the Combucas river, north of the town of Mucugê.
O estudo das litologias da Formação Tombador e suas estruturas sedimentares associadas, permitiu a determinação dos seus ambientes de sedimentação, como mostram os perfis sedimentográficos da figura 11.
Figura 11 - Perfis
sedimentográficos da Formação Tombador na serra do Sincorá. A- Rodovia
BR-242, entre o morro do Pai Inácio e o topo da formação (modificado de
Guimarães & Pedreira, 1990); B-Morro do Cruzeirão, na cidade de Mucugê.
Legenda: 1-Conglomerado
sustentado pelos clastos; 2-Arenito; 3-Estratificação cruzada acanalada; 4-
Estratificação cruzada tabular; 5- Estratificação plano-paralela; 6-Marcas
onduladas; 7-Imbricamento de clastos; 8-Amalgamação.
Figure
11 - Graphic sedimentary logs of the Tombador Formation in the Sincorá range. A
- BR-242 road, between the Pai Inacio mountain and the top of the formation
(modified from Guimarães & Pedreira, 1990); B - Cruzeirão muontain in the
town of Mucugê. Explanation:
1-Clast supported conglomerate; 2-Sandstone; 3-Trough cross bedding; 4-Tabular
cross bedding; 5-Horizontal bedding; 6-Ripple marks; 7- Clast imbrication;
8-Amalgamation.
Diamantes
No ano de 1844, foram descobertos diamantes na serra do Sincorá, na região de Mucugê (figuras 1 e 12). A partir dessa região toda a serra foi explorada, garimpando-se diamantes desde o rio Sincorá a sul (figuras 1 e 7), até a região de Afrânio Peixoto a norte (figura 1).
Figura 12 - Rio Combucas, a
norte da cidade de Mucugê, próximo à sua confluência com o rio Mucugê,
local das primeiras descobertas de diamantes na serra do Sincorá.
Figure
12 - Combucas river, north of the town of Mucugê, close to the mouth of the
Mucugê river, place of the first discoveries of diamonds in the Sincorá range.
Os diamantes eram garimpados no cascalho produzido pela decomposição de conglomerados oligomíticos como o da figura 13, ou polimíticos, como os da cachoeira do Serrano (figura 14) mostrados em detalhe na figura 15.
Figura 13 - Detalhe do
conglomerado do vale do rio Combucas (figura 10), interpretado como fluvial.
Figure
13 - Detail of the conglomerate of rio Combucas valley (figure 10) interpreted
as fluvial.
Figura 14 - Cachoeira do
Serrano, na cidade de Lençóis.
Figure
14 - Serrano waterfall in the town of Lençóis.
Figura 15 - Conglomerado
polimítico da cachoeira do Serrano, interpretado como leque aluvial.
Figure
15 - Polymictic conglomerate of the Serrano
waterfall, interpreted as alluvial fan.
A garimpagem também foi intensa nas regiões de Andaraí e Igatu. A figura 16 mostra os conglomerados na estrada entre essas duas localidades. O rejeito dos antigos garimpos ainda pode ser visto ao longo desta estrada.
Figura 16 - Conglomerados ao
longo da estrada Andaraí - Igatu
Figure
16 - Conglomerates along Andaraí - Igatu road
Após
uma fase áurea de aproximadamente 25 anos, a garimpagem de diamantes entrou em
declínio a partir de 1871 (CPRM, 1994). As tentativas iniciais de mecanizar os
garimpos foram feitas na primeira metade do século XX (Catharino, 1986). Na década
de 80 o garimpo mecanizado foi reintroduzido na serra do Sincorá, instalado nos
leitos dos rios dentro e fora do Parque Nacional. Estes garimpos, graças a uma
ação conjunta de diversas autoridades ligadas à mineração e ao meio
ambiente, foram fechados definitivamente em março de 1996.
Mesmo
após 150 anos de exploração dos aluviões diamantíferos, ainda existe
garimpagem manual, embora em ritmo mais lento, devido à exaustão e decadência
das lavras (Funch, 1997). Devido ao número ilimitado de situações geológicas
e topográficas da serra, existem os seguintes tipos de garimpo manual,
mencionados por este autor, cada qual com suas peculiaridades: cascalhão
(barrancos altos com cascalho e areia), barranco (barranco alto de barro sobre
uma fina camada de cascalho), brejo
(área baixa e úmida com pouco solo sobre o cascalho), grupiara (cascalho na
serra), emburrado (área com matacões) , curriolo (garimpo no leito de um rio,
com muito cascalho e pedras soltas), engrunada (garimpo subterrâneo), gruta
(garimpo em túnel natural da serra), escafandro
(garimpo submerso, trabalhado por mergulhadores), serviço a seco (garimpo em
local sem água), lavagem (retrabalhamento do rejeito de um garimpo antigo) e faísca
(pequeno garimpo feito em um dia), (figura 17).
Figura
17 - Representação esquemática dos tipos de garimpo manual (descrições no
texto)
Figure 17 -Schematic
rendering of the manual garimpo types (descriptions in the text)
Esses fatos confirmam a afirmação de Derby (1905): "Quanto à riqueza mineral, a única até hoje aproveitada é a de diamantes e carbonados, e a sua constituição geológica [da serra do Sincorá] pouca esperança oferece da existência de outra...".
MEDIDAS DE PROTEÇÃO
O trecho da serra do Sincorá situado entre Cascavel e Mucugê e a rodovia BR-242, está
incluído no Parque Nacional da Chapada Diamantina. Este parque foi criado em 17
de setembro de 1985, pelo Decreto Federal no. 91.655. Ele possui
área de 1520km2, e abrange parte do municípios de Lençóis,
Andaraí, Mucugê, Palmeiras e Ibicoara (figura 1), com exclusão das sedes
municipais (CPRM, 1994). A norte da rodovia BR-242, os morros do Pai Inácio e
do Camelo estão dentro da APA (Área de Proteção Ambiental) de
Iraquara-Marimbus.
De acordo com informações
do biólogo Roy Funch (Diretor do Departamento de Meio Ambiente da Prefeitura de
Lençóis) o rio Mucugê, em cujo leito foram descobertos os primeiros
diamantes, está razoavelmente bem protegido: o seu alto curso fica dentro do
Parque Nacional e o baixo curso corre dentro da área do Parque Municipal de
Mucugê (uma reserva com cerca de 270 hectares). Este parque ainda inclui o
baixo curso do rio Combucas e vários dos seus tributários, limitando-se com o
Parque Nacional.
Além dessas medidas, existe
no município de Mucugê, o Projeto Sempre Viva. Este projeto tem os seguintes
objetivos: 1) implantação de uma unidade de conservação estruturada para o
ecoturismo, no Parque Municipal de Mucugê; 2) desenvolvimento de tecnologia de
reprodução de plantas nativas; 3) implantação de um Sistema de Informações
Geográficas (SIG); e, 4) execução de um programa de educação ambiental. A
sua sede, construída no estilo dos antigos abrigos de garimpeiros, é mostrada
na figura 18.
Figura 18 - Parte das instalações
do Projeto Sempre Viva.
Figure
18 - Part of the Sempre Viva Project facility
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