Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil - 025 PARQUE NACIONAL SETE CIDADES, Piauí Data: 01/07/1999 JORGE DELLA FAVERA Universidade do Estado do Rio de Janeiro
© Della Fávera,J.C. 1999. Sete Cidades National Park, Piauí state, Brazil. In: Schobbenhaus,C.; Campos,D.A.; Queiroz,E.T.; Winge,M.; Berbert-Born,M. (Edit.) Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Publicado na Internet
em 01/07/1999 no endereço http://www.unb.br/ig/sigep/sitio025/sitio025.htm [Atualmente
https://sigep.eco.br/sitio025/sitio025.htm]
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RESUMO
O Parque Nacional de Sete Cidades é um monumento
natural magnífico constituído de afloramentos rochosos de estratos do Devoniano na Bacia
sedimentar do Parnaíba. Este parque está localizado na porção nordeste do Estado do
Piauí, distante quase 200 km de Teresina, a capital do estado. É alcançado pela rodovia
BR-216.
O parque recebeu a sua denominação por
apresentar sete diferentes grupamentos de rochas, separados entre si , cada um deles
considerado uma "cidade". A topografia ruiniforme imita formas que lembram
pessoas, animais e coisas, as quais tomam nomes pertinentes como cabeça de Dom Pedro I,
cabeça de índio, camelo, tartaruga, biblioteca, etc.
Afora as atrações geológicas, o Parque de Sete
Cidades é internacionalmente conhecido por suas inscrições rupestres nas paredes das
rochas. Estas inscrições foram datadas pelo método do 14C com uma idade
presumível de 6000 anos e foram interpretadas como mostrando diferentes situações, bem
como conceitos religiosos.
Sete Cidades encontra-se na porção proximal de
um lobo deltaico. Desta maneira, apresenta feições de sedimentação fluvial e deltaica.
Areia de grão médio é a moda, mas conglomerado de cascalho e silte são também
encontrados. Várias estruturas sedimentares podem ser reconhecidas nos afloramentos.
Estratificação cruzada acanalada, estratificação sigmoidal, climbing ripples, e
a estratificação plano-paralela são as principais feições sedimentares. Feições em
forma de torre, são separadas por paredes verticais abruptas e indicam claramente o
trabalho da água de chuva e do vento, controlado por planos de fratura.
O parque atualmente é administrado pelo IBAMA
(Instituto Brasileiro de Meio-Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que tem a seu
cargo as tarefas de conservação, sinalização e guia através do parque. Um hotel com
instalações para pesquisas e conferências está aberto aos turistas o ano todo.
ABSTRACT
The Sete Cidades National Park is a
magnificent natural monument made of outcrops of Devonian strata of the Parnaiba
sedimentary basin. This park is located in the northeastern part of the state of
Piauí, almost 200 km far from Teresina, the state capital. It is reached
through the BR-216 highway.
This park is named after seven different
rock outcrops, each one considered a “city”. The ruinform topography mimics
shapes from persons, animals and things, which take several pertinent names, as
Dom Pedro I’s head (former Brazilian emperor), indian’s head, camel,
tortoise, library, etc.
Apart
from the geological attractions the
Sete Cidades Park is internationally known for its rupestrian inscriptions. This
inscriptions were dated through the 14C radiometric method presumably
from 6000 years ago and are interpreted to show
different situations, like hunting, as well as
religious concepts.
Sete
Cidades is in the proximal portion of a delta lobe, so it presents features of
fluvial and deltaic sedimentation. Medium-sand is the dominant grain-size in the
area but gravel conglomerate and silt are also found. Several different
sedimentary structures can be recognized in the rock outcrops. Trough
cross-bedding, sigmoidal bedding, climbing ripples and
plane-parallel stratification, most of them disturbed by water escape
structures are the main sedimentary features. The tower-like features are
separated by steep vertical walls which clearly depict rain-water and wind
carving controlled by jointing planes.
The
park is presently run by IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio-Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis) which takes care of the conservation policy,
signalization and guiding throughout the park. An hotel with lecturing
facilities is open to tourists the
year round.
INTRODUÇÃO
O Parque Nacional de Sete Cidades, localizado no
estado do Piauí (Figura 1), é uma coleção impressionante de monumentos naturais, sobre
afloramentos de rochas do Neodevoniano (Fameniano). Os afloramentos podem ser reunidos em
sete grupos, formando sete cidades. As cidades estão na extremidade meridional da Serra
Negra (Figura 2).
O clima é agradável com temperatura média de 26o
e um período de chuvas bem determinado que vai do fim da primavera ao fim do outono e que
favorece a preservação das feições sedimentares. A vegetação de cerrado, escassa,
ajuda a definição das estruturas internas e das sucessões verticais que permitem a
interpretação de ambientes fluviais e deltaicos. Além disso, a topografia ruiniforme,
esculpida pela água pluvial e pelo vento nos arenitos, gera feições dômicas ou em
forma de torre em desfiladeiros estreitos, que sugerem formas de homens, animais e
objetos. Estas formas estimularam a imaginação de diversos autores: Ludwig Schwennhagen,
um historiador austríaco, descreveu Sete Cidades como uma antiga cidade fenícia,
construída 3000 anos atrás; Erich von Däniken, jornalista suíço, imaginou-a como o
resultado da visita de extraterrestres no passado.
Pode-se notar, nas paredes abruptas dos
afloramentos, em parte cobertas por uma pátina ferruginosa, inscrições em óxido de
ferro, feitas pelo homem primitivo. A idade dessas inscrições ainda é polêmica. Alguns
pesquisadores acreditam numa idade de 6000 anos, baseada no método radiométrico de
14C,
enquanto outros consideram-nas de apenas 6000 anos de idade. Fortes (1996) interpretou-as
como de idade pós-Colombiana, e considerou-as bem novas, feitas provavelmente no século
dezenove. As inscrições são interpretadas como ilustrando procedimentos de caça e
temas religiosos.
Várias feições encontradas em Sete Cidades são
também comuns ao Parque Nacional de Vila Velha, próximo a Ponta Grossa, Paraná. Vila
Velha apresenta-se em sua maior parte com sedimentos fluidizados pelo fenômeno de escape
dágua. A estrutura sedimentar mais comum é a laminação convoluta. Anéis de
Liesegang e erosão alveolar são também freqüentes.
Essas ocorrências parecem ser o resultado da
construção deltaica sob condições periglaciais.
Neste parque, encontram-se representantes típicos
da fauna e da flora locais. Ele pode ser denominado como um tipo de cerrado, acompanhado
de manchas de campos abertos inundáveis e matas ciliares. A fauna parece ser mais rica
que a do cerrado típico, como conseqüência da presença de animais da caatinga e da
floresta latifoliada. Por exemplo, o veado-mateiro (Mazama americana), da floresta
latifoliada, a iguana (Iguana iguana), forma que se distribui também na Amazônia,
e o mocó (Kerodon rupestris), roedor típico da caatinga, são também encontrados
em Sete Cidades.
Tanto as feições geológicas como as históricas
tornam o Parque Nacional de Sete Cidades em um sítio muito interessante para a pesquisa
científica.
A fim de proteger a fauna e de recuperar áreas
degradadas, uma boa parte do parque (5600 ha) encontra-se provisoriamente fechada.
Medeiros (1998) propôs um aumento da área do parque de cerca de 5100 ha na porção
leste, a fim de incluir outros monumentos geológicos e de obter uma melhor integração
da flora e da fauna.
Para maiores informações sobre a geologia e
outras feições do parque, solicita-se aos leitores dirigirem-se ao livro do Geol.
Fernando Fortes (Fortes,1996), muito rico em ilustrações e com interpretações
geológicas bastante consistentes.
LOCALIZAÇÃO
O Parque Nacional de Sete Cidades localiza-se na
parte nordeste do estado do Piauí, pertencendo aos municípios de Piracuruca e Piripiri,
entre as coordenadas 04o05 e 04o15 de latitude
sul e 41o30 e 41o45 de longitude oeste. A área total é de
6.221 hectares.
Ele pode ser alcançado pela rodovia BR-343,
ligando Teresina a Parnaíba, e pela BR-222, uma extensão da primeira, ligando Teresina
à Fortaleza (Figura 1). A distância de Teresina é de 217 km e de Fortaleza, 422 km. A
maneira mais fácil de se ir a Sete Cidade é por avião até Teresina ou Fortaleza e
posteriormente por carro, seguindo as rodovias anteriormente mencionadas. Vindo de
Teresina, deixa-se a BR-343 e se entra na BR-222, na qual percorre-se 12 km e então se
entra no parque após 12 km numa estrada de terra. Vindo de Fortaleza, deixa-se a BR-222 e
se alcança o parque pela mesma estrada de terra. A sinalização é boa e o pavimento das
rodovias asfaltadas estava razoável à época da visita para se escrever este capítulo,
embora ela possa apresentar uma má condição após as pesadas chuvas do verão.
Figura
1 – Mapa
de localização do Parque Nacional de Sete Cidades e possibilidades de acesso.
Figure 1 - Location map of the Sete Cidades National Park and the possible ways to reach
it.
Figura
2 – Localização das “cidades” dentro do parque (números dentro de
quadrados). Em cinza, afloramentos rochosos. Em círculos: 1) Fonte tépida; 2)
Canhão; 3) Jardim suspenso; 4) Arco do Triunfo; 5) Biblioteca; 6) Mirante; 7)
Castelo; 8) Lagartos; 9) Inscrições; 10) Archette; 11) Inscrições; 12) Gruta
do índio; 13) Gruta do Pagé; 14) Capela; 15) Portal; 16) Inscrições
(modified from Fortes, 1996)
Figure 2 - Location of “cities” in the park (numbers in squares). In gray, rock
outcrops. In circles: 1) Warm fountain; 2) Cannons; 3) Suspended garden; 4) Arch
of Triumph; 5) Library; 6) Belvedere; 7) Castle; 8) Lizards; 9)Inscriptions; 1))
Archette; 11) Inscriptions; 12) Indian’s cave; 13) Witch doctor’s cave; 14)
Little church; 15) Gate; 16) Inscriptions (modified from Fortes, 1996).
ARCABOUÇO GEOLÓGICO
Geologicamente, o Parque de Sete Cidades está
localizado na bacia sedimentar do Parnaíba, uma das maiores bacias intracratônicas
brasileiras, com 600.000 km2 de área. Esta bacia compreende uma pilha
sedimentar que pertence majoritariamente ao Paleozóico, começando pelo Siluriano.
As rochas do Devoniano incluem as formações
Pimenteira, Itaim e Cabeças. De acordo com o mapa de isólitas de arenito (Figura
3) da
Formação Cabeças (Della Fávera, 1990), o parque está situado no flanco sul de uma
cunha sedimentar arenosa, que vem de nordeste, no topo de uma seção datada como
Neodevoniano (Fameniano). Segundo Caputo (1985), houve um evento glacial, reconhecido por
diamictitos e pavimentos estriados, nesta seção e também na superior, pertencente à
Formação Longá. Desta maneira, a área do parque é presumivelmente constituída por um tipo
de sedimento periglacial.
Sucessões verticais de fácies na área mostram
sedimentos fluviais a deltaicos. A maior parte das sucessões são do tipo
granodecrescente ascendente (fining upwards), como a que aparece na
"biblioteca"(segunda cidade). Neste local, as porções basais são de arenito
médio com estratificação cruzada acanalada. Segundo Fortes (1996), os canais correm
numa direção que vai de sudeste para noroeste, a qual é a direção dominante de
transporte na bacia. Na área dos "canhões" (primeira cidade), conglomerados
seixosos, em estrutura acanalada, podem ser vistos na base de uma sucessão
granodecrescente ascendente. Outras estruturas incluem a estratificação sigmoidal e climbing
ripples, bem como silte apresentando laminação paralela.
Figura
3 – Mapa de isólitas de
arenito da Formação Cabeças, construído a partir de dados de poços de petróleo
feitos pela Petrobrás na Bacia do Parnaíba. Note a posição do Parque
Nacional ao sul de um lobo deltaico, situado na porção nordeste da bacia
(Segundo Della Fávera, 1990)
Figure 3 - Sand isolith map of
the Cabeças Formation built after data from wells drilled for oil by Petrobras
in the Parnaiba basin. Please note the position of the Sete Cidades National
Park in the southern flank of a deltaic lobe in the northeastern portion of the
basin (Della Fávera, 1990).
Uma feição dominante nestas rochas é a de estruturas provocadas pelo escape dágua. Este tipo de deformação afeta principalmente os lobos sigmoidais. Provavelmente, o escape dágua ocorreu em função dos grandes volumes de sedimento depositados em curtos intervalos de tempo, o que é típico de áreas periglaciais, submetidas a inundações catastróficas.
HISTÓRICO
A primeira referência histórica oficial de Sete
Cidades é a comunicação feita pelo Conselheiro Tristão de Alencar Araripe ao Instituto
Histórico e Geográfico, denominada de "Cidades Petrificadas e Inscrições
Litográficas no Brasil", em 9 de dezembro de 1886. A primeira descrição de Sete
Cidades foi feita pela Câmara Municipal de Piracuruca numa comunicação àquele
Instituto em 1897.
Em 1928, o historiador austríaco Ludwig
Schwennhagen visitou Sete Cidades e descreveu-as como ruínas de uma cidade fenícia,
fundada há 3 mil anos atrás. Nos anos 60, Erich von Däniken, no seu famoso livro
"Eram os Deuses Astronautas ?" descreveu Sete Cidades como uma evidência da
presença da inteligência extraterrestre na Terra. . Posteriormente, em 1974, o francês
Jacques de Mahieu, considerou Sete Cidades como um estabelecimento fundado por vikings.
O pesquisador piauiense Reinaldo Coutinho
(Coutinho, 1997) analisa a história da descoberta de Sete Cidades, bem como trata das
diversas teorias sobre o significado das cidades de Pedra e suas inscrições.
O parque foi oficialmente criado pelo Decreto
Federal no 50.744 em oito de junho de 1961.
DESCRIÇÃO DAS "CIDADES"
Sete Cidades foi dividida em sete diferentes associações de afloramentos, denominadas de cidades (Figura 2)
Primeira Cidade
A primeira cidade é caracterizada por feições
diagenéticas conhecidas como "canhões" (Figura 7), que são estruturas tubulares
de arenitos ferrificados. Este produto diagenético é também conhecido como
"rolos" ou anéis de Liesegang e consistem da migração do tipo cromatográfica
de géis de hidroxido de ferro num meio permeável e anisotrópico, normalmente em
arenitos fluidizados.
Os canhões estão dentro de depósitos fluviais
caracterizados por um truncamento basal e por conglomerados com estratificação cruzada
acanalada numa sucessão vertical granodecrescente ascendente. A erosão acentua estas
formas, que se destacam da rocha encaixante sob a forma de canhões.
Segunda Cidade
Esta cidade é caracterizada por feições
bastante interessantes. A primeira feição, que revela erosão alveolar, é chamada de
"Arco do Triunfo". A erosão alveolar é produzida por escultura de arenito
homogêneo, dando origem a feições semelhantes à vulva, que passam posteriormente a
arcos.
A partir do "Arco do Triunfo", podem ser
vistas inscrições pintadas em cor vermelha, bastante vívida, numa mistura de óxido de
ferro, óleo vegetal ou sangue animal. Sugerem impressões de mãos e foram pintadas
provavelmente por índios da tribo Tabajara. De acordo com a datação radiométrica por
14C,
teriam 6.000 anos de idade.
A "biblioteca"
(Figura 5) é uma outra
feição interessante. É constituída por uma superfície de erosão na base de um
depósito de canal, formado por arenito médio com estratificação cruzada, a qual trunca
arenitos finos e siltitos com estratificação plano-paralela. Esta estratificação
plano-paralela lembra uma pilha de livros numa biblioteca. Vista do mirante, a
estratificação plano-paralela é na realidade a porção distal de conjuntos de camadas
com climbing ripples (Figura 8), que por sua vez constituem a frente de lobos
sigmoidais (Della Fávera, 1984).
Terceira Cidade
Nesta cidade, várias feições ruiniformes podem ser vistas, como o Dedo de Deus (Figura 9), a Cabeça de Dom Pedro I e a Cabeça de Índio. A cabeça de Dom Pedro I (Figura 10) é novamente um contato erosional de uma feição do tipo fluvial, com areia média, com sedimentos mais finos.
Quarta Cidade
As feições características desta cidade são o "Archette"(Figura 11), onde sedimentos deformados pela ação de escape dágua e o "mapa do Brasil", figura desenvolvida sobre uma erosão alveolar que lembra o contorno do território brasileiro, podem ser vistos. Estas duas feições são o resultado da erosão alveolar que gera cavernas e arcos. A estratificação convoluta e acamamento fortemente distorcido são muito comuns nesta localidade.
Quinta Cidade
Esta cidade é famosa por suas inscrições. Um desenho que é interpretado como definindo o ritual da caça e o destino final do homem tem servido como ícone para representar o Parque Nacional de Sete Cidades bem como seus municípios vizinhos. A interpretação mais corrente deste monumento é a seguinte: "o índio segue o caminho, persegue o animal, mata-o e oferece-o ao deus-sol" (Figura 4).
Figura 4 - Inscrição na Quinta Cidade:O índio segue a trilha, persegue o animal,
mata-o e oferece-o ao deus-sol
Figure
4 - Inscription in the Fifth City:the indian follows the trail, chases the
animal, kill it and offer it to the god sun
Figura 5 – Biblioteca. Segunda
Cidade. Vista de um contato basal truncante de um depósito fluvial sobre
sedimentos mais finos que apresentam estratificação plano-paralela.
Figure 5 – Library. Second
City. Truncated basal contact between a fluvial deposited over finer sediments
with plane-parallel stratification.
Figura 6 – Casco de tartaruga.
Sexta Cidade. Esta forma notabiliza-se pelas feições poligonais, cobertas por
liquens.
Figure 6 – Tortoise shell.Sixth
City. This form is famous by its polygonal features, covered by lichens.
Figura 7 – Canhão. Primeira
Cidade.O “canhão” é fruto de transformações diagenéticas por óxido de
ferro. Está encravado em depósitos fluviais, com arenitos conglomeráticos e
estratificações cruzadas acanaladas.
Figure 7 – Cannon. First City.
This feature is a product of diagenetic transformations by iron oxide. It is
inside fluvial deposits with conglomeratic sandstone and trough cross-bedding.
Figura 8 - Climbing ripples em
conjuntos plano-paralelos, que passam lateralmente a lobos sigmoidais. Segunda
Cidade.
Figure 8 - Climbing ripples in
plane-parallel sets, which pass laterally to sigmoidal lobes. Second City
Figura 9 – Dedo de Deus. Terceira
Cidade.
Figure 9 - God’s Finger.
Third City.
Figura 10 –Cabeça de Dom Pedro I.
A“cabeça” está apoiada no “pescoço” por uma superfície de erosão
fluvial. Terceira Cidade.
Figure 10 - Dom Pedro I’head..
The head is supported by the neck throughout an erosion surface. Third City.
Figura 11 –Esta gruta é um produto
da erosão alveolar. Quarta Cidade.
Figure 11 - This cave is a
product of alveolar erosion. Fourth City.
Sexta Cidade
A tartaruga
(Figura 6) e o elefante são as
feições mais conhecidas desta cidade. Ambas são formas cobertas por polígonos, em sua
maioria pentagonais, que normalmente intrigam o geólogo tanto pela sua origem como pelo
seu processo de formação.
Alguns geólogos acreditam que estes polígonos
são uma herança de condições glaciais à época de deposição da areia. Fortes (1996)
considera-as como fendas de contração, onde a água de chuva escavava polígonos
escalonados. Na realidade, os polígonos são feições comuns em Sete Cidades e em outra
localidade ruiniforme, os Alpes de Buriti, próximo a cidade de Picos, na porção centro
leste da Bacia do Parnaíba.
Sétima Cidade
Nesta cidade, a erosão alveolar e feições poligonais, já referidas, são as principais atrações. A Gruta do Índio é um bom exemplo da erosão alveolar, coberta por polígonos.
POLÍTICA DE CONSERVAÇÃO
Os principais objetivos de controle da área são (Medeiros, 1998)
Como tudo o que existe no Parque pertence à comunidade, os visitantes não podem jogar lixos nas trilhas, estradas, mirantes e lugares de piquenique; estão proibidos de poluir e estragar solos e riachos; de arrancar plantas ou quebrar seus galhos; de fazer fogueiras ou acender velas para cultos religiosos fora dos lugares apropriados; de caçar ou perseguir os animais do parque; de fazer barulho excessivo, seja aos gritos ou ligar rádios e similares com volume alto; e de quebrar ou arrancar placas de sinalização.
AGRADECIMENTOS
O autor agradece ao Geol. Hernani F. A. Chaves,
Faculdade de Geologia, UERJ, que o acompanhou numa excursão fotográfica ao parque, em
janeiro de 1999, o que propiciou interessantes discussões sobre a geologia e
inscrições.
Meus agradecimentos são extensivos à Dra.
Eugênia Medeiros, IBAMA, Teresina, que gentilmente providenciou documentos e regulamentos
do IBAMA sobre o parque.
Agradeço também a Marcos Aurélio Furtado
Coelho, ligado ao IBAMA, Sete Cidades, que nos guiou competentemente através do parque,
em janeiro de 1999.
À pesquisadora Janaína Santos, da UFSC,
agradeço pela
lembrança de que as idades 14C referidas para as Sete Cidades não
estão corretas, já que aparentemente foram transferidos dados de outras
localidades para esta.
Ao Geól. Marco André Malmann Medeiros e a Enga.
Romana Begossi agradeço respectivamente pelo auxílio no preparo das ilustrações e pela
correção de textos.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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