SIGEP - COMISSÃO BRASILEIRA DE SÍTIOS GEOLÓGICOS E PALEOBIOLÓGICOS
(DNPM-CPRM-SBG-ABC-SBP-IPHAN-IBAMA-SBE-ABEQUA)

PROPOSTA DE DESCRIÇÃO DE SÍTIO GEOLÓGICO DO BRASIL
PARA REGISTRO NO PATRIMÔNIO MUNDIAL DA HUMANIDADE
(WORLD HERITAGE COMMITEE - UNESCO)

PROPONENTE
Nome completo: Lílian Paglarelli Bergqvist
Endereço: Departamento de Geologia/IGEO/UFRJ. Prédio CCMN, Ilha do Fundão.

Fax: (21) 25989465
Telefone: (21) 2598-9464
email: bergqvist@geologia.ufrj.br
Data da proposta:
22 de julho de 2003

1) CO-AUTORES: 

Kátia Leite Mansur, DRM-RJ – Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro – kmansur@drm.rj.gov.br

Maria Antonieta Rodrigues, Departamento de Estratigrafia e Paleontologia/UERJ. tutucauerj@gmail.com 

2) NOME do SÍTIO: Bacia Calcária de São José de Itaboraí

(a)  SUGESTÃO DE TÍTULO DO ARTIGO A SER ESCRITO: Bacia de São José de Itaboraí – o berço dos mamíferos.

(b)  SUGESTÃO DE SUBTÍTULO DO ARTIGO A SER ESCRITO: O único depósito paleocênico com fauna continental no Brasil

3)  TIPO DE SÍTIO:

[   ]Astroblema                 
[   ]Estratigráfico              
[   ]História da Geologia  
[   ] Marinho-submarino  
[   ]Metamórfico                
[   ] Paleoambiental           
[   ]Sedimentar                  
[   ]Outro(s) :_____

[   ]Espeleológico  
[   ]Geomorfológico
[   ]Ígneo
[   ]Metalogenético
[   ]Mineralógico
[X]Paleontológico
[   ]Tectono-estrutural
Observação: [X]Inclui vestígios arqueológicos

4)  LOCALIZAÇÃO
4.1. Município(s)/UF: Itaboraí / RJ

4.2. Coordenadas geográficas (Lat/Long) do centro da área:  22º50'20"S e 42º52'30"W

4.3. Nome do local: São José

5)  JUSTIFICATIVAS (para a inclusão como PATRIMÔNIO MUNDIAL DA HUMANIDADE):

A Bacia de Itaboraí é o único depósito brasileiro que registrou a primeira irradiação dos mamíferos depois da extinção dos dinossauros. Dentre estes, encontra-se o mais antigo representante da linhagem moderna dos tatus. Além dos mamíferos, a Bacia de Itaboraí é também muito rica em fósseis de gastrópodes e contém restos de répteis, anfíbios, aves e vegetais. Apesar de seu pequeno tamanho, milhares de fósseis foram lá coletados. A importância desta paleomastofauna é reconhecida por diversos pesquisadores estrangeiros. A nomeação de uma das Idades Mamíferos-Terrestres Sul-Americanas como “Itaboraiense” confirma o reconhecimento internacional da importância dos fósseis de Itaboraí.

6) .BREVE DESCRIÇÃO DO SÍTIO:

 A Bacia de São José de Itaboraí é muito pequena, com forma aproximadamente elíptica e com cerca de 1.000m de comprimento por 500 m de largura, sendo uma das menores bacias sedimentares do Brasil e, talvez, do mundo. Ela é formada por uma seqüência de calcários clásticos e químicos cortados verticalmente por canais de dissolução preenchidos por margas, onde a grande maioria dos fósseis foi encontrada. A estes fósseis foi atribuída uma idade aproximada de 60 Ma.  A seqüência calcária é coberta discordantemente por seqüência clástica. O calcário da Bacia de Itaboraí foi explorado por 60 anos pela Companhia de Cimento Mauá. Na área geográfica da Bacia de Itaboraí, há um depósito da Fm Macacu (Morro da Dinamite) onde vestígios da presença no homem primitivo (8.100 anos A.P., segundo Beltrão, 2000) são encontrados.

1. Geologia - O desnível entre a Serra do Mar e a baixada de Itaboraí pode atingir mais de 2.000 metros. A origem deste relevo relaciona-se com movimentos tectônicos iniciados há aproximadamente 80 milhões de anos, com um amplo soerguimento da borda do continente, desde o Paraná até o Espírito Santo (Ferrari, 2001). Com o aumento da elevação de um lado, houve rompimento e conseqüente rebaixamento dos blocos adjacentes. As áreas altas correspondem às serras do Mar e da Mantiqueira e aos Maciços Litorâneos. Nas áreas afundadas formaram-se pequenas bacias sedimentares, como a de São José de Itaboraí. Medeiros & Bergqvist (1999) dividiram os sedimentos da Bacia de Itaboraí em três seqüências deposicionais: A seqüência inferior (S1), em contato com o embasamento, é composta por fácies carbonáticas químicas e detríticas, incluindo travertinos, calciruditos, calcarenitos, margas, calcilutitos e calcários pisolíticos e oolíticos; a intermediária (S2) é caracterizada por sedimentos margosos de preenchimento de fissuras, notáveis por seu conteúdo fossilífero; a seqüência superior (S3) é constituída de conglomerados gradando lateralmente para arenitos. Segundo Leinz (1938) a base desta seqüência esta interdigitada com os calcários da seqüência S1. Na borda norte da bacia são encontradas rochas vulcânicas (ankaramito), cuja idade obtida por K40-Ar40 é de 52 milhões de anos (Riccomini & Rodrigues-Francisco, 1992).

 

Calcário Psolítico (Foto: B. Francisco)

Lavas de ankaramito (Foto: B. Francisco)

2. Paleontologia: A Bacia de São José de Itaboraí, apesar de suas reduzidas dimensões, é extremamente rica em fósseis. Para o Estado do Rio de Janeiro ela se reveste de maior importância por ser o único sítio do território fluminense com vertebrados e invertebrados fósseis. A Bacia de Itaboraí é extremamente rica em fósseis de mamíferos e moluscos, os primeiros, em sua maioria, provenientes da seqüência S2, enquanto os segundos, quase exclusivamente procedem da seqüência S1. Estes mamíferos primitivos são representantes dos primeiros grupos a se irradiarem em ampla escala no planeta, após a extinção em massa dos dinossauros, há 65 milhões de anos. Fósseis de anfíbios, aves, répteis, vegetais e alguns microfósseis (ostracodes, pólens e esporos) foram também coletados em Itaboraí. Através da correlação dos mamíferos de Itaboraí com os da Patagônia argentina foi possível definir a Idade Mamífero-Terrestre Itaboraiense.

 

Calcário Cinza com fósseis de gastrópodes (Foto: B. Francisco)

Sementes fósseis encontradas na Bacia (Foto: Murilo Lima)

Mandíbula de mamífero primitivo (Foto: Murilo Lima)

Dente de crocodilo preso no calcário argiloso, com 3cm de altura. (Foto: Fausto Cunha)

Paleoceno sunstituição do primeiro fóssil da linhagem dos tatus modernos, encontrado em Itaboraí. (Ilustração: Marcelo Ledá)

Direita - Tibiotarso (osso da perna) de Paleopsilopterus. Paleopsilopterus seria uma forma "miniatura" de (Diatryma). (Foto: Herculano Alvarenga)

 

Pleistoceno -  Preguiça gigante  (esquerda) e Mastodonte (direita) – Fonte: Beltrão, 2000

3. Arqueologia - Nas seqüências superiores, mais precisamente no local denominado Morro da Dinamite, foram encontrados vestígios da presença do homem pré-histórico em São José de Itaboraí. Tratam-se de artefatos líticos, compreendendo raspadores, facas, perfuradores, buris, entre outros. Também, restos de uma fogueira arqueológica, acompanhada de artefatos líticos, foram datados por C14 em 8.100 anos AP. Este achado arqueológico tem sido utilizado por Beltrão (2000) para correlacionar diversos vestígios arqueológicos brasileiros e americanos, visando traçar o roteiro da ocupação humana nas Américas. Esta pesquisadora do Museu Nacional acredita que ainda existem nos depósitos de cascalheira de Itaboraí mais evidências arqueológicas, sendo necessário ampliar os estudos na área.

 

Morro da Dinamite (Foto: M.C. Beltrão)

Artefatos do homem primitivo (Foto: M.C. Beltrão)

7) SITUAÇÃO ATUAL DE CONSERVAÇÃO E ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA PROTEÇÃO:

Devido à exploração do calcário, a maior parte do calcário foi retirada da bacia e a depressão resultante da exploração encontra-se hoje coberta de água. Apesar da maior parte dos sedimentos originais que formaram a bacia não estar preservado, justifica-se sua inclusão como Patrimônio da Humanidade pela riqueza e importância da sua fauna. Atualmente, a área que originalmente pertencia a Companhia de Cimento Mauá, pertence ao Município de Itaboraí, que em dezembro de 1995 criou o Parque Paleontológico da Bacia de Itaboraí.

Outro aspecto a ser ressaltado é que o lago formado pelo preenchimento com água (aporte subterrâneo e das chuvas) da cava da mineração, atualmente abastece toda a localidade de São José, através da ação de uma cooperativa (Cooperágua). Sua profundidade atinge cerca de 70 metros. Outro aspecto relevante é que a área tornou-se um atrativo de lazer para a população local que realiza pescarias no lago. Assim, a Cooperágua e a população local também zelam pelo Parque Paleontológico.

Desde 2004 um novo fôlego vem sendo dado ao processo de valorização do Parque Paleontológico de São José de Itaboraí. Naquele ano, com o apoio da FAPERJ, através do seu Instituto Virtual de Paleontologia, foram obtidas 20 bolsas do programa Jovens Talentos para adolescentes do ensino médio da Escola Estadual Francesca Carrey, localizada nas imediações. Os jovens foram treinados em Geologia, Paleontologia, Arqueologia e Meio Ambiente, por professores da do Museu Nacional, UFRJ, UERJ e Instituto Walden, com o intuito de se transformarem em guias e guardiões do Parque. Desde então esta seleção e pré-iniciação científica tem sido renovada a cada ano. Foi idealizada uma camiseta e se iniciou uma estreita relação com as escolas municipais e estaduais para divulgação do parque, inclusive em desfiles cívicos e passeatas paleontológicas.

Com este movimento, outras ações de apoio foram surgindo. Destaca-se aqui a psicóloga e funcionária da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Itaboraí, Patrícia Narcizo dos Santos, que junto com alunos da Escola Municipal Gastão Dias de Oliveira, conseguiu a inserção do seu trabalho sobre o Parque Paleontológico de São José de Itaboraí na edição de 2005 do livro Tesouros do Brasil. Este livro é uma iniciativa conjunta da Unesco (Fundo das Nações Unidas para Educação e Cultura), Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Ministério da Educação e Fiat. O trabalho foi um dos 51 selecionados entre 1.300 de todo o Brasil para compor o livro, editado desde 1999.

Em dezembro de 2005 foram comemorados os 10 anos de criação do Parque que, além da tradicional solenidade, contou com a inauguração do primeiro painel do Projeto Caminhos Geológicos (DRM-RJ) no local, sendo financiado pela Petrobras (outros quatro painéis estão previstos).

Oficinas de elaboração de réplicas de fósseis e de artesanato estão sendo dadas no local, cuja sala foi recentemente pintada com recursos da Petrobras, que vem também discutindo outras formas de apoio técnico e financeiro através de convênio ainda em discussão.

Em fevereiro de 2006, durante a comemoração do Dia do Paleontólogo, foi organizada pelo IVP uma excursão ao Parque. Nesta oportunidade, o DRM-RJ, com o apoio do DER-RJ, implantou a sinalização de acesso ao parque na BR-101.

 

Painel do Projeto Caminhos Geológicos – explicação da importância da área sob o aspecto geológico, paleontológico, arqueológico, geomineiro e social Foto: Kátia Mansur).

Placa de sinalização de estrada colocada na BR 101, no ponto de acesso à estrada do Parque (Foto: Kátia Mansur).

Antiga cava da mineração – 1957 (Foto: autor desconhecido)

A cava deu lugar a um lago que abastece atualmente a comunidade de São José.

Inauguração da fábrica com a presença do Presidente Getúlio Vargas. (Foto: autor desconhecido)

Mina em exploração (Foto: Fausto Cunha)

8) BIBLIOGRAFIA REFERENTE AO SÍTIO PROPOSTO

Beltrão, M.C.M.C. 2000. Ensaios de Arqueogeologia. Uma Abordagem Transdiciplinar. 1a. edição. Rio de Janeiro: ZIT Gráfica e Editora Ltda.184 p.

Bergqvist, L.P. 2002. Advantages and restrictions in the use of postcranial skeleton in phylogenetical analisys: the example of the “Condylarthra” of Itaboraí Basin. Arquivos do Museu Nacional, v. 60, n. 3, p.183-187.

Bergqvist, L.P.; Abrantes, E.A.L. &  Avilla, L.S. 2004. The Xenarthra of São José de Itaboraí basin (upper Paleocene, Itaboraian), Rio de Janeiro, Brasil. Geodiversitas v. 26, n. 2, p. 323-337.

Bergqvist, L.P. & Moreira, A.L. 2002. Possíveis dentes decíduos de Tetragonostylops apthomasi, procedentes da bacia de S.J. Itaboraí, RJ. Arquivos do Museu Nacional, v. 60, n. 3, p. 189-194.

Bergqvist, L.P. & Ribeiro, A.M. 1998. A paleomastofauna das bacias eoterciárias brasileiras e sua importância na datação das bacias de Itaboraí e Taubaté. APA, Volume Especial 5, p. 19-34.

Ferrari, A.L. 2001. Evolução Tectônica do Gráben da Guanabara. Tese de Doutoramento, IGC/ USP, São Paulo. 412p.

Mansur, K.L. 2005. "Parque Paleontológico de São José de Itaboraí - Patrimônio Geológico do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil". II Jornada Fluminense de Paleontologia. Palestra.

Klein, V.C. & Bergqvist, L.P. 2002. Excursão à Bacia de São José de Itaboraí, Rio de Janeiro. Arquivos do Museu Nacional, v. 60, n. 3, p. 245-256.

Leinz, V. 1938. Os calcáreos de São José de Niterói, estado do Rio. Mineração e Metalurgia, v. 3, n. 15, p. 153-155.

Line, S.P. & Bergqvist, L.P. 2005. Enamel structure of Paleocene mammals of the São José de Itaboraí basin, Brazil. “Condylarthra”, Litopterna, Notoungulata, Xenungulata, and Astrapotheria. Journal of Vertebrate Paleontology, 25(4): 924-928.

Medeiros, R.A. & Bergqvist, L.P. 1999. O Paleogeno das bacias continentais do Brasil. Anales del Servicio Geologico Minero Argentino, n. 33, p. 79-87.

Medeiros, R.A. & Bergqvist, L.P. 1999. Paleocene of the São José de Itaboraí basin, Rio de Janeiro, Brazil: lithostratigraphy and biostratigraphy. Acta Geologica Leopoldensia, v. 22, n. 48, p. 3-22.

Oliveira, E.V. & Bergqvist, L.P. 1998. New Paleocene armadillo from the São José de Itaboraí basin, Rio de Janeiro, Brazil. APA, Volume Especial 5, p. 35-40.

Riccomini, C.; Rodrigues-Francisco, B. H. 1992. Idade potássio-argônio do derrame de ankaramito da Bacia de Itaboraí, Rio de Janeiro, Brasil: implicações tectônicas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 37., São Paulo, 1992. Resumos expandidos... São Paulo: SBG., p. 469-470.

Rodrigues, M.A.& Maria, J.B.M. 2005. Jovens talentos na revitalização do Parque Paleontológico de São José de Itaboraí – Rio de Janeiro. 9º Simpósio de Geologia do Sudeste. CD ROM.


De: antonio2673 [mailto:antonio2673@terra.com.br]
Enviada em: quarta-feira, 26 de julho de 2006 16:25
Assunto: Re:ENC: SIGEP - 3 Novas propostas
 
sou de opinião totalmente favorável à proposta do sítio de São José de Itaboraí. A referida bacia encontra-se protegida pelo município e tem recebido apoio constante pelo Instituto Virtual de Paleontologia da FAPERJ e ajuda financeira da Petrobras. A localidade já fazia parte da lista de sítios a serem descritos aprovados nas primeiras reuniões da SIGEP e que aguardaríamos a apresentação da proposta formal, que finalmente agora ocorreu. é interessante notar que a Bacia de São José de Itaboraí consta inclusive da lista de excursões a serem realizadas durante o próximo XX Congresso Brasileiro de Paleontologia a ser realizado em Armação dos Búzios, RJ, em outubro de 2007 e com a realização de um simpósio durante o evento. Faço apenas uma ressalva para que os autores sejam alertados para um equívoco no texto da proposta, quando a Bacia de São José de Itaboraí, objeto da proposta, é chamada de Bacia de Itaboraí. Cabe ressaltar que se tratam de bacias diferentes e os autores devem estar alertas na elaboração do texto final.
 
Atenciosamente,
Antonio Carlos S. Fernandes
Representante da SBP 

De: Celia Regina de Gouveia Souza [mailto:celia@igeologico.sp.gov.br]
Enviada em: quinta-feira, 27 de julho de 2006 13:11
Assunto: RE: Avaliação de propostas..

Concordo com a inclusão de todos esses sítios. São muito interessantes. Acho também que os dois primeiros deveriam também paleoambientais.

Sítios:
* MINA B-17/CAPANEMA-PA>
* BACIA CALCÁRIA DE SÃO JOSÉ DE ITABORAÍ - RJ 
* ARMAÇÃO DOS BÚZIOS - RJ 

Abraços, Celia
Dra. Celia Regina de Gouveia Souza
Pesquisadora Científica VI - Instituto Geológico-SMA


De: Carlos Schobbenhaus [mailto:schobben@df.cprm.gov.br]
Enviada em: sexta-feira, 28 de julho de 2006 14:18
Assunto: Re: Proposta de Sítio a Ser Descrito - Bacia de São José de Itaboraí

Aprovo a proposta desse importante sítio paleontológico sem restrições.

 
Carlos Schobbenhaus
SIGEP
Representante  do Serviço Geológico do Brasil

De: Manfredo Winge [mailto:mwinge@terra.com.br]
Enviada em: segunda-feira, 31 de julho de 2006 11:14
Assunto: Proposta Bacia de Itaboraí - RJ

Prezados colegas da SIGEP,

 
a proposta de descrição do sítio Bacia de Itaboraí é extremamente importante como instrumento de estudo de evolução e dispersão de mamíferos pós-dinossauros na América do Sul; sou totalmente favorável a sua aprovação.
Sugiro desde já que a descrição tenha, alem do capítulo principal de Descrição do Sítio (geológica, paleontológica e paleoambiental), um cápítulo reservado a aspectos arqueológicos ligados à região da bacia, podendo, portanto, ultrapassar o limite médio de 10 páginas previstas.
 
Manfredo Winge
Representante da SBG 
c/c proponentes

De: Emanuel Teixeira de Queiroz [mailto:emanuel.queiroz@dnpm.gov.br]
Enviada em: sexta-feira, 22 de setembro de 2006 17:09
Assunto: RES: RES: Proposta de Sítio: Santa Rosa de Viterbo E OUTRAS
....
...
 informo que concordo com a proposta “Bacia de São José de Itaboraí”, tendo em vista a situação atípica de tão diversificada concentração fossilífera em espaço tão restrito, como é a bacia sedimentar carbonática de Itaboraí.
Emanuel

AVALIAÇÃO FINAL DE PROPOSTA
DE DESCRIÇÃO DE SÍTIO GEOLÓGICO - PALEOBIOLÓGICO

Nome do Sítio:  BACIA CALCÁRIA DE SÃO JOSÉ DE ITABORAÍ - RJ
Proponentes:  Lílian Paglarelli Bergqvist; Kátia Leite Mansur, Maria Antonieta Rodrigues

Considerando os pareceres, comentários e réplicas constantes na página da proposta, as instituições membros da SIGEP, assim se pronunciam, através de seus representantes, quanto à proposta em epígrafe

INSTITUIÇÃO REPRESENTANTE(S) PARECER
Favorável / Não favorável 
Abstenção / Não se pronunciou(aram)
Academia Brasileira de Ciências – ABC Diógenes de Almeida Campos  
Associação Brasileira de Estudos do Quaternário – ABEQUA Célia Regina de Gouveia Souza Favorável
Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM Emanuel Teixeira de Queiroz

Favorável

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis– IBAMA Ricardo José Calembo Marra  
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN Isolda dos Anjos Honnen
Carlos Fernando de Moura Delphin
Célia Maria Corsino
 
Serviço Geológico do Brasil – CPRM Carlos Schobbenhaus

Favorável

Sociedade Brasileira de Espeleologia – SBE Mylène Luíza Berbert-Born
Clayton Ferreira Lino
 
Sociedade Brasileira de Geologia – SBG Manfredo Winge

Favorável

Sociedade Brasileira de Paleontologia – SBP Antônio Carlos S. Fernandes Favorável