crosta continental
[Sin. crosta siálica]
Crosta das áreas continentais, incluindo áreas de mares internos e plataforma marinha marginal, caracterizada pela ocorrência extensiva de rochas granitóides sílico-aluminosas (SiAl).
As rochas granitóides são menos densas do que às rochas de composição basáltica
típicas de crosta oceânica. Este fato faz com que as regiões continentais tendam
a ter relevos positivos com relação ao nível dos oceanos, formando terras
emersas.
A espessura da crosta continental varia de20-30km, sendo 35km a mais comum, até
mais de 70km; esta maior expessura ocorre nas regiões de cadeias de montanhas
elevadas, e é devida, muitas vezes, a uma duplicação da crosta
continental, com exemplo típico nos Himalaias, e/ou à acresção de material
granítico anatéxico nas raizes do orógeno.
A crosta divide-se em inferior, superior e de transição em função de sua
reologia e características sismológicas:
- crosta
superior - sísmica, comportamento rúptil, quebradiço com falhas, moagem de grãos
minerais,..
- crosta
inferior - assísmica, comportamento sempre dúctil;
- crosta de
transição - mistura dos dois tipos em que parte dos componentes da crosta é
dúctil e parte é rúptil; 6 a 10 km profundidade (~descontinidade sísmica Conrad)
Dependendo da constituição da crosta e de seu gradiente geotérmico, a
profundidade do limite entre crosta inferior e superior varia: por exemplo,
áreas estáveis peneplanadas -10 a 15 km -versus áreas de bacias ou rifts
em formação < 10km.
[Autor: Winge,M.] - Em 12/01/2018
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